segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009


Maceió Outubro/96


Dantes finas gotas d’orvalho
Na vertigem da noite nua
Dias, noites, calor latente
Resguardam a feição triste
Entrevam a fala oblíqua
Amarga alma e presa sua.

Clara luz fogo e serpente
Prelúdio, alarde, saudade,
Rasgando o peito matando
Leve sem rumo poente
Amarga alma e presa sua.

Donde foram os anjos bons?
Clama, atreve, implora...é tarde.

Alma nobre, canto doce filha
Olha a vida, convida, não finja
Sem medo, receio, hoje viva!
Hoje tendo não sabes amanhã
Amarga alma e presa sua

Valquírias de sonhos alados
infantil alento me encanta
Preciosa e Nebulosa lágrima
Deste primo amor carente
Espera brilhar o espírito
Reflete a bela face escondida
Limite da razão que cegando
Esquece o peito doente
e ama amor.

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